A construção das passagens de fauna no trecho gaócho das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, em São José dos Ausentes, jí apresenta ind¡cios positivos antes mesmo da conclusúo da rodovia.
Monitoramentos realizados pela equipe de Gestão Ambiental do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) registraram a presença de animais silvestres como o graxaim-do-mato e o zorrilho utilizando as estruturas de transposição. O fato de a fauna local jí se adaptar ás passagens, mesmo com as obras em andamento e sem trífego, evidencia a importóncia das medidas adotadas para Conservação da biodiversidade.
Inserido em uma regição de campos de altitude do bioma Mata Atláóntica, o empreendimento demanda ações para mitigar impactos como a fragmentação de háíbitats e o chamado ôefeito barreira " causado por construações que dificultam a mobilidade de diversas espécies. Para enfrentar esse desafio, o projeto contempla seis dispositivos de travessia segura, definidos com base em estudos da biodiversidade local e aprovados pelo licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováíveis (Ibama).
As estruturas incluem duas pontes adaptadas para passagem de fauna, localizadas nos quilmetros 49 e 51, que funcionam como corredores ecológicos, e quatro tóneis subterróneos exclusivos para o deslocamento de animais. O objetivo ã duplo: prevenir atropelamentos e restabelecer a conectividade entre os híbitats naturais.
A equipe de Gestão Ambiental realiza o monitoramento por meio de cómeras digitais com sensores de temperatura e movimento, que registram a passagem dos animais sem interfer¬ncia direta. Também súo observadas marcas de pegadas nas rotas das galerias e pontes, reforçando os sinais de uso. Esses dados subsidiam ações de educação ambiental junto ás comunidades e permitem avaliar os impactos diretos e indiretos da obra.
Complementando as passagens, estéo sendo instaladas cercas direcionadoras nas sa¡das dos seis dispositivos. Essas cercas t¬m a função de conduzir os animais atã os pontos seguros de travessia, evitando atropelamentos e promovendo a segurança tanto das espécies silvestres quanto dos usuírios da rodovia.