Publicada em 14 de Agosto de 2017

Fauna é tema de palestra e oficina em escola de Timbé do Sul

Biodiversidade, fauna e preservação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT/SC) uniu teoria e prática para trabalhar estes conceitos com alunos da Escola de Ensino Básico
Timbé do Sul. Entre os dias 07 e 08/08, integrando o projeto Ensino Médio Inovador, a equipe da Gestão
Ambiental (STE S.A.) das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, entre São José dos
Ausentes (RS) e Timbé do Sul (SC), promoveu uma série de atividades com a turma do 2o ano da instituição.

No auditório da escola, o biólogo Andrews Duarte explicou o significado de biodiversidade – que é a
variedade de formas de vida como plantas, animais e microrganismos – focando especialmente nos
aspectos relacionados à fauna. Ele falou sobre espécies endêmicas, ou seja, que ocorrem exclusivamente
em um determinado local ou bioma, e apresentou vídeos do mão-pelada e da irara, cujas imagens foram
obtidas no interior de Timbé do Sul por meio de armadilhas fotográficas. O profissional ainda citou diversos
animais da região sob risco de extinção e apontou as principais ameaças à conservação dos mesmos,
como a caça, os atropelamentos e a poluição. Por fim, relatou as técnicas utilizadas para o monitoramento
da fauna em ambientes naturais e indicou sites interativos que fornecem informações gratuitas e confiáveis
sobre várias espécies.

Na oficina realizada em campo na localidade de Pé da Serra, a equipe demonstrou na prática como os
especialistas monitoram a fauna silvestre. Uma das técnicas é a identificação de pegadas através de
moldes de gesso. Os alunos tiveram a oportunidade de reproduzir os procedimentos a partir de modelos
de pegadas, feitos de resina, de animais como a capivara, o gato-do-mato e o mão-pelada. Outro método
simulado foi a instalação de uma armadilha fotográfica. Duarte explicou como funciona o equipamento, o
qual possui um sensor capaz de detectar movimento e disparar a câmera quando animais passam à sua
frente, e o que deve ser levado em conta na hora de escolher o melhor ponto para capturar as imagens.
“Uma boa pesquisa deve incluir o levantamento bibliográfico da espécie, o reconhecimento da área
amostrada e ainda uma conversa com alguém que conheça o local”, citou.

O professor de Biologia da turma, Diego Rampinelli, afirma que a atividade forneceu os subsídios
necessários para engajar os estudantes durante as aulas. “Como a gente vai começar a trabalhar anfíbios,
répteis, aves e mamíferos, surgiu a ideia de fazer uma saída a campo. Foi bem produtivo, agora vamos
entrar no conteúdo já com uma visão bem maior do tema”, destacou. Conforme o estudante Róbson Alécio,
16 anos, a proposta o despertou para uma nova perspectiva da natureza que está ao seu redor. “A presença
de muitas espécies juntas no mesmo ambiente torna rica a região. E a gente tem bastante riqueza em
Timbé, só falta abrir os olhos para perceber as coisas únicas que temos aqui”, observou.