Publicada em 23 de Abril de 2017

DNIT realiza nova rodada de reuniões comunitárias em Timbé do Sul

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestora Ambiental (STE
S.A.), realizou nesta semana duas reuniões comunitárias em Timbé do Sul (SC), município localizado na
área de influência direta das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC. Os encontros
ocorreram no dia 18/04, no salão paroquial da comunidade da Rocinha, e no dia 19/04, no Clube Redondo.
A equipe abordou as ações do Programa de Controle de Espécies Exóticas Invasoras, bem como atualizou
as demandas apresentadas nas reuniões iniciais e que subsidiaram a confecção de um Diagnóstico Rápido
Participativo (DRP).

O engenheiro florestal Rafael Cubas explicou como ocorrem as atividades de mitigação dos impactos à
flora nas obras do Lote 2, as quais são supervisionadas pela equipe de Gestão Ambiental. O técnico
destacou ações como o transplante de espécies ameaçadas de extinção, como o palmito, o urtigão e o
xaxim, o resgate de recursos genéticos (frutos, sementes, mudas), a orientação aos procedimentos de
corte, entre outras. A apresentação focou então nas espécies exóticas invasoras. “São aquelas que não
pertencem ao local e que proliferam sem controle, passando a representar ameaça para espécies nativas
e para o equilíbrio dos ecossistemas”, afirmou.

No Brasil, conforme o Ministério do Meio Ambiente, o uso ornamental e a criação de animais de estimação
representam juntos 40% das introduções de espécies exóticas invasoras. Das encontradas na região das
obras, incluindo São José dos Ausentes (Lote 1), Cubas cita como mais problemáticos o lírio-do-brejo, a
uva-do-japão, a goiabeira, o pinheiro-americano, o tojo, o eucalipto e o chuchu. O objetivo do diálogo com
a comunidade visa, portanto, prevenir a introdução de novas espécies com potencial invasor e o controle
das já instaladas. Em relação às medidas adotadas no processo construtivo, ele ressalta que as espécies
localizadas na faixa de domínio da rodovia são suprimidas e o solo é removido e confinado para evitar a
proliferação das mesmas.

Retorno às demandas das comunidades

As equipes dos Programas de Educação Ambiental e Comunicação Social apresentaram o
encaminhamento dado aos apontamentos feitos nas reuniões de outubro/2016 e janeiro/2017. A educadora
ambiental Ciane Fochesatto informou que as demandas foram expostas ao DNIT, ressaltando que muitas
já recebem algum tipo de ação, como a necessidade de sinalização das obras, o isolamento das frentes de
trabalho, o cuidado com a geração de poeira e a manutenção da estrada, por exemplo. “Já as demandas
que dependem de uma avaliação do projeto estão sendo estudadas pela autarquia”, completou. Para o
morador da Rocinha e vereador de Timbé, Luis Manoel Aguiar, as reuniões são fundamentais durante a
execução do empreendimento. “A comunidade deve valorizar essa oportunidade. Eu não perco uma
reunião, pois sempre nos traz conhecimento e ajuda a tirar dúvidas”, avalia.