Os atropelamentos em rodovias súo uma das principais causas de mortalidade de
diversas espécies da fauna no Brasil. Cílculos feitos por pesquisadores do Centro
Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) estimam que at® 475 milhÁes de
animais silvestres súo mortos desta forma todos os anos. Para minimizar este impacto
nos seus empreendimentos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT) executa medidas visando prevenir a morte direta de indiv¡duos e
preservar a conectividade da paisagem.
No caso das obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS/SC, licenciadas pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovíveis (Ibama), a
travessia segura dos animais no trecho catarinense, em Timbé do Sul, serí facilitada
por meio de estruturas conhecidas como passagens de fauna. Na Serra da Rocinha,
írea preservada e de rica biodiversidade, tr¬s destes dispositivos subterróneos estão
em fase final de implantação. São bueiros de 1,5m x 1,5m cuja função exclusiva ®
permitir o deslocamento de espécies nativas. Conforme o coordenador dos Programas
de Fauna da Gestora Ambiental (STE S.A.), Guillermo Dívila, o objetivo principal ®
diminuir o isolamento provocado pela presença do corpo da estrada, o qual fragmenta
o habitat e pode representar uma barreira.
A medida ® complementada por telas de 1,80m de altura que buscam evitar o acesso
dos animais á rodovia, bem como direcioní-los ao local de cruzamento seguro. Dívila
prev¬ que as estruturas serúo utilizadas principalmente por mam¡feros, como tatus,
gambáís, cutias, pacas, furações, ouriços, iraras e mçãos-peladas. ôNo entanto, somente
no decorrer do tempo e por meio de monitoramento saberemos que tipo de fauna serí
beneficiada, afirma.
Jí no trecho urbano haverí ainda duas passagens secas por baixo das pontes sobre os
rios Rocinha e Serra Velha. ┼ôSerção feitas com material local (rocha, seixo) para formar
caminhos em cotas superiores ao nável da áígua, explica o coordenador. Vale destacar
também que o projeto de sinalização conta com placas informando a presença de
fauna silvestre. Da mesma forma, a equipe do Programa de Educação Ambiental
trabalha o tema em diferentes atividades no intuito de sensibilizar os usuírios e
comunidades lindeiras á rodovia para um comportamento de direção preventiva em
relação aos atropelamentos.