Publicada em 19 de Setembro de 2019

DNIT marca presença no Festival Wiediistock

O Festival Wiediistock celebrou a natureza e a importância da conservação da
biodiversidade na tarde deste sábado (14), na sede do Instituto Felinos do Aguaí, em
Siderópolis (SC). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC),
por meio da Gestora Ambiental da BR-285/RS/SC, participou da programação com a
apresentação do projeto Canção dos Bichos: Rock & Natureza, cujas músicas autorais
combinam características da fauna e flora nativas da região Sul do Brasil ao som de
rock, jazz, reggae e funk. No palco cercado pelos paredões da Serra Geral, foi lançada
em primeira mão a música em homenagem ao animal que inspirou a realização do
festival: o gato-maracajá.

O evento contou ainda com shows de bandas locais, atividades educativas, esportes
radicais, gastronomia, entre outras atrações. O boneco da gralha-azul, mascote das
obras na BR-285/RS/SC, marcou presença acompanhando a equipe do Programa de
Educação Ambiental. Além de chamar a atenção para a conservação da Mata Atlântica
e do gato-maracajá, o festival buscou angariar recursos para a instalação de um
recinto de felinos silvestres, cuja função é servir de abrigo transitório aos animais que
serão reintroduzidos na natureza.

Na Reserva Biológica Estadual do Aguaí, uma das dez Unidades de Conservação
estaduais de Santa Catarina, ocorrem cinco espécies de felinos silvestres: o leão-baio
(Puma concolor); a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-maracajá (Leopardus
wiedii), o gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e o gato-do-mato-pequeno
(Leopardus guttulus). De acordo com a bióloga Micheli Ribeiro Luiz, o gato-maracajá é
o que tem a menor densidade dentre todos. “Ele leva dois anos em média para se
reproduzir e tem apenas um filhote, enquanto os outros têm de três a seis. Além disso,
é uma espécie ameaçada que depende crucialmente da floresta por ser arborícola
(que passa parte da vida sobre as árvores)”, explicou.

O projeto Felinos do Aguaí é parceiro do DNIT em atividades de cunho informativo e
educativo e cedeu imagens capturadas em armadilhas fotográficas para produção de um
documentário que trata da formação histórica da região em que está inserido o
empreendimento. O acervo do instituto é composto por painel ilustrativo, animais
taxidermizados, mapas, fotografias, maquete, crânios, artefatos indígenas e aquário com
espécies da fauna da região. As atividades oferecidas incluem palestra e trilha
interpretativa na reserva. “As culturas vão se moldando ao longo do tempo e o nosso papel é
dar suporte, conhecimento e informações para essas gerações que estarão à frente da
sustentabilidade do nosso planeta”, analisa a bióloga.